sábado, 3 de novembro de 2012

CÂMARA DE MORA, QUER MUSEU


O município de Mora, um dos concelhos do Alentejo mais ricos em vestígios megalíticos, pretende criar um museu interactivo dedicado ao tema, aproveitando a recuperação da antiga estação ferroviária da vila. 

“Estamos a pensar em reunir toda essa riqueza arqueológica centrada na arte megalítica num único equipamento para a mostrarmos ao público com recurso às novas tecnologias”, adiantou à Lusa o presidente da câmara, Luís Simão.

O objectivo é criar um Museu Interactivo de Megalitismo que proporcione “uma experiência diferente” aos visitantes, que não seja baseada apenas na exposição de peças e artefactos.

“Queremos um museu em que as pessoas sejam envolvidas nesse ambiente pré-histórico e possam ter experiências únicas, que mexam com os seus vários sentidos”, acrescentou.

A ideia de criar este museu insere-se na recuperação da antiga estação de comboios da CP e a sua divulgação, por parte do município, coincide com o lançamento da Carta Arqueológica do concelho.

O livro O Tempo das Pedras - Carta Arqueológica de Mora é da autoria de Leonor Rocha, arqueóloga e professora da Universidade de Évora, e dá a conhecer a riqueza megalítica daquela zona alentejana.

Um potencial que a arqueóloga diz ser “interessante” valorizar através de um museu, até porque a autarquia “tem vindo a investir em megalitismo, ininterruptamente, desde há duas décadas”, o que “não é muito comum” em Portugal.

"A ideia tem vindo a germinar e faz todo o sentido”, sobretudo num formato interactivo. “As pessoas estão, neste momento, muito mais ligadas a museus que sejam dinâmicos, com recurso a imagens e sons e onde podem ver coisas diferentes”, frisou Leonor Rocha.

Projecto só avança com apoios comunitários

Segundo o autarca de Mora, está em curso o processo para “seleccionar o gabinete de arquitectura que vai elaborar o projecto de recuperação da estação ferroviária”, numa obra que deverá rondar os “dois milhões de euros”.

Naquele antigo espaço da CP, a par do museu sobre megalitismo, o projeto engloba a instalação da associação Estação Imagem, dedicada à fotografia, de uma zona de biblioteca e outra de computadores e do arquivo municipal.

“A parte mais importante e atractiva é a do núcleo museológico do megalitismo, mas o município só vai avançar com o projecto se existirem apoios comunitários”, alertou.

A candidatura deverá ser apresentada a financiamento comunitário “em Abril ou Maio do próximo ano”, admitiu Luís Simão, que gostaria de ver as obras arrancarem “em 2013, para estarem concluídas em 2014”.

Leonor Rocha realçou que Mora é um dos concelhos do Alentejo com “grande diversidade e quantidade de sítios arqueológicos a nível da pré-história, entre o neolítico e o calcolítico ou bronze inicial”.

“Tem uma grande expressividade de monumentos megalíticos, como antas ou menires, que estão muito bem conservados e alguns deles são excepcionais”, assegurou a arqueóloga, que trabalha na zona desde 1994 e que, na carta arqueológica, compilou 100 anos de investigação no concelho.

in Jornal Público

(Desenho de José Pinto Nogueira)

6 comentários:

  1. Um Museu e, para quê? Para seguir o exemplo da Casa da Cultura, local onde existe a ausência de cultura e prática cultural e, trabalham lá 9 ou 10 pessoas ao todo . É para arranjar mais empregos para os amigos do Partido e seus compinchas. Nada nesta terra é rentabilizado ou projectado para fora e, com retorno. Enfim é a função pública no seu melhor.

    ass: O TRATANTE

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  2. Concordo que de facto a Casa da Cultura deixa algo a desejar. Mas você sabe que para se fazer cultura, também é preciso dinheiro, e o que o estado disponibiliza está longe de servir as necessidades. Se ainda assim se podia fazer melhor? Talvez. Mas os cidadãos também podem intervir.
    Em relação ao museu, parece-me boa ideia, tanto mais que há material para tanto, e seria um complemento das visitas ao Fluviário, que só por si, me parece demasiado curto para quem vem de longe.
    Em relação aos amigos do Partido, é uma teoria conspirativa que eu julgava que já não se usava. Vou deixar-lhe um pequeno exercício: Há algum tempo atrás, a Câmara passou a contrato a termo indeterminado, trinta trabalhadores cujo vinculo era de contrato a termo certo. Pois bem; Encontre entre eles, um que tenha ligações ao Partido, incluindo os seus pais.
    Nota-se que o amigo não gosta da Função Pública. Tem esse direito.
    Obrigado pela visita.

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    1. Você está redondamente enganado em relação à Casa da Cultura, desculpa-os da sua incompetência, com o pouco dinheiro que recebem. Mas o problema é a formação das pessoas, são demasiado ignorantes. Há poucos anos atrás o chefe era um escritor, com livros editados e, no entanto mantinha a Biblioteca fechada, sem se preocupar o minímo ou tentar pensar.
      Tu Aníbal, não percebeste o que eu quis dizer, não sabes PENSAR.
      Não conheces o real funcionamento da dita CASA.
      Não deves dar opinião sobre aquilo que não conheces.
      Pareces um beato que acredita piamente nas teorias morenses sobre politica.
      Não escrevi a dizer que não gosto da função pública, vai aprender a ler novamente. Apenas chamei a atenção para um problema, se não aceitas, é um problema teu.

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  3. Eu estou redondamente enganado, mas o Sr. tem toda a razão.
    Eu não percebi o que quis dizer, mas o Sr disse o que quis.
    Eu não sei pensar, mas seguramente que o Sr. sabe ainda mais do que pensa.
    Eu não devo opinar sobre o que não conheço, mas certamente o Sr. conhece-me muito bem, para opinar sobre mim.
    Eu pareço um beato crente na politica Morense, mas o Sr. é certamente um Deus dono da verdade suprema.
    Eu não aceito uma chamada de atenção, mas o Sr. é um exemplar
    defensor do contraditório.

    Eu sou o Aníbal. Pena que o Sr. seja apenas uma sombra. Mas esse não é seguramente um problema meu.

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  4. De facto Aníbal, agora levas-te.

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    1. Levei?? Levei o quê?? Desta vez, sim!!!Não percebi nada.

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